Você chegou e não pediu, simplesmente exigiu.
Não quis nem ao menos dialogar.
Meu amor incondicional, não me deixou contestar.
Queria apimentar a relação, dizendo ser evolução.
A liberdade de expressão, a emancipação.
Tentei argumentar, mas não quis aceitar.
Procurei então conhecer, ler, me informar.
Conversei com casais, fui me informar.
Veio o encontro, o dia da evolução.
Um jovem viril, agradável e safado.
Uma loucura insana apossou de você.
Uma fera enlouquecida, tarada e vadia.
Tudo fez, tudo aceitou, tudo provocou.
Acabei entrando no clima desvairado.
Te tratando como vagabunda, uma vadia qualquer.
A noite foi pouca, o amanhecer chegou.
Você desgrenhada, suada e toda melada.
O jovem banhou-se, vestiu e se foi.
Acenou da porta e disse somente, valeu aí.
VALEU AÍ...
No banho me esfreguei com fúria e força.
Algo em mim estava sujo e eu não entendia.
No café da manhã, já limpa, penteada e arrumada,
te olhava, te buscava, te questionava.
A esposa amada, agora uma vadia safada.
Não consegui engolir, nem mesmo aceitar.
Seu rosto sorridente, provocativo a me desafiar.
Se havia terminado o respeito e o amor, devia me avisar.
Teria mil formas mais suaves para nos separar.
Você sabia que por amor, eu iria aceitar.
Que vil, que cruel a sua forma de arruinar.
Um amor puro, verdadeiro, sereno e companheiro.
Você era ciente que eu não conseguiria agüentar.
Você conseguiu, me derrubou e me derrotou.
Uma dor dilacerante, pungente, mortificante.
Forma insana, de uma vida se arruinar...CMRS.
Desabafo real e amargo de um amigo...
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