
A tive em meus braços do jeito que eu quis.
A fiz realizar todas as minhas vontades.
Tratei-te, como mais uma simples conquista.
Usei-te, como usei a todas elas.
Descartei-te, como um simples guardanapo usado.
Não tinha percebido que você era diferente.
Os teus toques tinham um sabor especial.
Tuas palavras, uma candura complacente.
As tuas entregas eram primorosas.
Tudo na minha cara e eu não enxerguei.
Deixou transparecer teus sentimentos e eu não liguei.
Com lágrimas nos olhos, você se afastou.
Lagrimas como esta que escorrem em meu rosto agora.
Ainda sinto a textura de tua pele sedosa em meus dedos.
A fragrância do teu perfume que ficava em minhas roupas.
Você se produzia, para eu te perceber, para eu te cobiçar.
Tudo o que fez por mim, foi por amor e não prazer.
Te ligo novamente e aparece, chamada rejeitada.
A ultima vez que consegui falar contigo, foi aterrorizante.
Você descarregou um caminhão de verdades cruéis.
Senti-me envergonhado de tudo que havia feito até hoje.
Acordei para a realidade dos sentimentos.
Pedi uma chance para demonstrar que tudo iria mudar.
Você me rechaçou como a um cão sem dono.
Agora, sinto na alma o teor das minhas próprias crueldades.
A dor, de ser usado, desprezado, humilhado e depois abandonado.
Amargar na boca o gosto do fel é simplesmente desumano.
Foi preciso sentir esta dor imensa para me fazer acordar.
Quem sabe, agora, eu aprendo a dar valor a quem merece.
Quem sabe, agora, eu aprendo a gostar, de quem gosta de mim...CMRS.
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