domingo, 1 de abril de 2012

Pura estupidez

Como fui estúpida...Como pude ser tão cruel.
Ele, sempre tão meigo e gentil e isto me incomodava.
Abria a porta para eu entrar, puxava a cadeira.
Era um cavalheiro, um gentleman, não um gay.
Eu queria um homem mais abrutalhado.
Um homem mais rude, que me pegasse forte.
Ele era todo carinho e atenção...Dedicação e gentilezas.
Ajudava-me lavar e guardar as louças.
Tirava minha roupa e as colocava sobre a cadeira.
Ficava apreciando meu corpo nu para depois me tocar.
Me alisava, me cheirava, me falava palavras doces.
Eu mais parecia uma taça de cristal, um bibelô.
Eu demorava uma eternidade para gozar, mas gozava.
Então ele se levantava e buscava suco ou café na bandeja.
Eu tomava isto como frescura, coisa de frutinha.
Certo dia acordei azeda, com raiva do mundo e,,,
Acabei chamando-o de fresco, bicha e coisas do gênero.
Ele baixou a cabeça e não retrucou.
Olhou-me perplexo, com lágrimas nos olhos, sem reação.
Virou-se, ouvi ainda seu soluçar e se foi.
Onde eu estava com a cabeça, o que eu fui fazer.
Os dias se passando e com ele o arrependimento.
Liguei e não me atendeu, então fui procurá-lo.
Conversei, tentei explicar...Mas explicar o quê ?
Eu errei tremendamente e pedi de todas as formas que me desculpasse.
Ajoelhei-me aos seus pés, supliquei seu perdão, mas,,,
Ele, com expressão tristonha estendeu-me a mão.
Levantou-me do chão e fixou seu olhar no meu.
Pediu perdão, pediu para que eu o desculpasse, mas,,,
Falou-me que eu havia quebrado o encanto.
Novamente com os olhos lacrimejando, o vi se afastar.
Em casa a pensar...Um vazio no coração...A dor da Solidão...CMRS.

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